Os banhos-de-sol, tão apetecíveis no Verão, podem provocar danos na pele, alguns deles associados a graves problemas de saúde.

Relembramos alguns dos riscos da exposição solar excessiva, que pode evitar protegendo-se devidamente (roupas e cremes de protecção solar elevada) e evitando a exposição nas horas de sol críticas.

“Escaldão”. A pele avermelhada e sensível após a exposição solar, a que chamamos vulgarmente de escaldão, não é inofensivo e revela que estivemos demasiado tempo ao sol. É, na verdade, uma queimadura térmica na camada mais exterior na pele, constituindo uma queimadura de primeiro grau. Poderá fazer com que a pele escame dos dias seguintes  e pode resultar em alterações que potenciam o aparecimento de manchas, rugas ou até cancro de pele.

Bolhas na pele. Esta queimadura térmica é mais profunda do que o escaldão, sendo uma queimadura de segundo grau. Geralmente, é mais dolorosa, mas deve ter o cuidado de não rebentar as ditas bolhas que se formam, pois são uma proteção. Deve, neste caso, aconselhar-se com um profissional de saúde para o seu tratamento.

Rugas. As rugas são precipitadas e agravadas pela exposição aos raios ultra-violeta (UV) que danificam directamente as varias camadas da pele. Ao longo do tempo, a pele perde elasticidade e surge mais enrugada, formando as rugas, um dos sinais de envelhecimento precoce da pele que pode ser evitado.

Tom de pele irregular. Variações na coloração da sua pele podem derivar da exposição solar desprotegida, originando uma pigmentação irregular, com zonas que parecem descoloridas e outras machadas.

Sardas. Na maioria da pessoas que tem sardas desde jovens, trata-se de algo normal e que não representa nenhum problema de saúde. Mas a exposição solar excessiva faz com que estas manchas fiquem mais escuras e algumas delas podem esconder algo mais preocupante, como o cancro de pele. Por isso, fique atento(a) a alterações destas manchas e peça uma avaliação clínica no caso de alguma sarda ter uma tamanho ou cor anormais, doer ou ter algum relevo.

Manchas da idade. As manchas da idade são manchas normais e inofensivas que aparecem nas áreas expostas ao sol da pele, usualmente nas mãos, pernas, rosto e pescoço. Podem ser precipitadas antes do tempo se estiver uma exposição solar repetida. Consulte o seu médico ou dermatologista para monitorizar qualquer descoloração anormal da pele possa surgir.

Cataratas. A exposição excessiva dos olhos ao sol pode levar ao surgimento de cataratas na lente ocular. Apesar de não serem dolorosas, manifestam-se por visão turva, dupla ou com brilhos estranhos. O uso de óculos escuros e chapéus é eficaz na sua prevenção.

Queratose solar. Mais comum em pessoas de pele branca, louras ou ruivas, ou de olhos azuis ou verdes, tratam-se de lesões com pápulas escamosas vermelhas ou acastanhadas, tipo uma pequena ferida. Pode aparecer nas zonas expostas ao sol como a face e os braços, mas também é comum nos lábios. Caso apareçam este tipo de lesões, deve consultas o seu médico, pois algumas podem mesmo evoluir para um tipo de cancro de pele chamado de carcinoma das células escamosas.

Carnicoma basocelular. Este é o tipo de cancro de pele mais comum e também o mais tratável, pois progride lentamente. Geralmente surge como uma irregularidade da pele (com relevo), mas também pode aparecer como uma lesão plana, escamosa ou branca. Mais uma vez, suspeite de alterações da pele que não saram e consulte o seu médico.