Quer viver mais? Comer menos pode (mesmo) ser a solução. Cada vez mais estudos apontam para a ingestão calórica como um forte condicionante da longevidade e do envelhecimento precoce.

Segundo um estudo clínico recente, indivíduos que reduziram a ingestão de calorias diárias em apenas 15%, durante um período de dois anos, viram o seu metabolismo reduzido de forma significativa. Além disso, foram observadas também melhorias nos bio-marcadores associados à redução do envelhecimento e ao aumento da esperança de vida. Estas manifestações traduzem-se, especificamente, em ligeira redução da temperatura corporal, redução da tensão arterial, da glicémia e dos níveis de insulina, e, ainda, uma redução generalizada nas hormonas associadas ao metabolismo corporal, tudo aspectos que se observam em pessoas que vivem mais anos.

A explicação? Os mecanismos pelos quais se verificam estas alterações com a redução da ingestão de calorias ainda não são conhecidos, no entanto, pensa-se que possa ter a ver, em parte, com o facto de que, ao produzirmos energia (através dos alimentos), produzimos também bio-produtos do metabolismo, entre os quais os nefastos radicais livres, cuja actividade oxidante pode causar danos nas células, promovendo, entre outras consequências, o envelhecimento precoce.

Esta novidade está na origem da recente fama do jejum intermitente na saúde em geral, incluindo a longevidade, manutenção de um peso saudável, melhoria da imunidade e prevenção do envelhecimento precoce.