O Binge-eating, ou Transtorno de Compulsão Alimentar, recentemente reconhecido pela comunidade médica como doença, é definido como o conjunto de episódios frequentes e incontroláveis de consumo excessivo de alimentos, num curto espaço de tempo. A recorrência destes episódios é clinicamente caracterizada pela frequência de, pelo menos, uma vez por semana durante um período continuo de, pelo menos, três meses.
Uma pessoa com Binge-eating pode comer excessivamente mesmo quando não sente fome e mesmo quando se sente fisicamente desconfortável por comer tanto. Por vezes, a ingestão compulsiva e exagerada de alimentos pode ser feita isoladamente, sendo frequente surgirem sentimentos de culpa, tristeza e frustração após os episódios.
Diferente de Bulimia
O Binge-eating e a Bulimia devem ser distinguidos, pois não são a mesma doença, apesar de partilharem alguns sintomas, nomeadamente os episódios de consumo excessivo de alimentos num curto espaço de tempo, caracterizados pela falta de controlo e outros sentimentos negativos de culpabilização. Contudo, o Binge-eating ocorre sem comportamentos compensatórios extremos de purga com vista à perda de peso, como a indução de vómitos, a toma de laxantes e/ou diuréticos ou a prática excessiva de exercício físico (neste caso, remete para Bulimia).
Grupos de risco
Qualquer pessoa pode desenvolver Binge-eating, independentemente do género, idade, peso ou condição social, e apesar de parecer ser mais comum nas mulheres, os homens também podem desenvolver. Não sendo uma regra, as pessoas com Binge-eating tendem a possuir uma auto-estima mais baixa (estima-se que 78.9% das pessoas com Binge-eating apresentam algum tipo de diagnóstico psiquiátrico, como depressão, baixa-autoestima e/ou ansiedade), bem como uma maior preocupação com o peso e a aparência física (estima-se que mais de um terço das pessoas submetidas a cirurgia bariátrica – de redução do estômago – apresentem este transtorno).
Não existem certezas quanto às causas do Binge-eating, no entanto, pensa-se que múltiplos factores possam estar envolvidos no desenvolvimento desta doença, incluindo pré-disposição genética, factores psicológicos e eventuais antecedentes sócio-familiares. O próprio processo de estar em dieta pode despoletar o Binge-eating, no entanto, não se sabe se esse aspecto possa, isolamente, despoletar a doença. A doença também pode resultar de eventos de extremo stresse e /ou trauma, tais como a morte de um ente querido ou a preocupação/desilusão com o peso e aparência física.
Muita pessoas que desenvolvem Binge-eating lutam também contra a perda de peso. Estima-se que, entre as pessoas diagnosticadas com Binge-eating, dois terços sejam obesas, e que 30% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer também sofram deste distúrbio.
O Binge-eating é, pois, um obstáculo de relevo para o sucesso de qualquer regime de emagrecimento, uma vez que a dificuldade em controlar os episódios de compulsão alimentar, mesmo na ausência de fome, torna difícil a obtenção de resultados, aumentando a frustração em relação à dieta e ao aspecto físico.
Recuperação e tratamento
O conhecimento de que se sofre de Transtorno de Compulsão Alimentar não é um auto-diagnóstico. Se suspeita que sofre deste transtorno, deve saber que pode ser objectiva e eficazmente tratado, mas para tal, é imperativo procurar um profissional qualificado (Médico ou outro Profissional de Saúde), que poderá fazer uma apropriada avaliação e diagnóstico.
De salientar que o tratamento deste transtorno alimentar pode ser complexo, pois a maioria das pessoas sente-se envergonhada em relação ao comportamento alimentar desadequado e tenta escondê-lo, de tal forma que muitas vezes até mesmo a família e amigos mais próximos o desconhecem.
Existe uma variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa. Entre as opções de tratamento de Binge-eating destacam-se a psicoterapia, a frequência de grupos de apoio (terapia de grupo ou familiar), aconselhamento e planeamento nutricional e, nalguns casos, medicação.
O primeiro passo, antes de procurar tratamentos de emagrecimento, é procurar um terapeuta especializado que o(a) auxilie em compreender porque come compulsivamente e como alterar esse comportamento. Nesse acompanhamento, além a avaliação da sua condição física, serão também avaliados parâmetros como os seus hábitos alimentares, saúde emocional, percepção da imagem corporal e sentimentos em relação à comida. Com frequência, falar com um Psiquiatra, Psicólogo ou outro conselheiro é fundamental para ultrapassar e resolver os aspectos emocionais relacionados com a doença. A Terapia Cognitiva do Comportamento visa alterar o padrão de pensamento negativo que podem despoletar os episódios de Binge-eating. A Terapia Interpessoal debruça-se sobre os problemas relacionais que possam estar envolvidos. Igualmente importante, é ser acompanhado(a) por um Nutricionista de forma a trabalhar os hábitos alimentares saudáveis e, eventualmente, fazer um diário alimentar enquanto está em recuperação.
Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o Binge-eating. Contudo, além do acompanhamento e aconselhamento, alguns medicamentos, tais como inibidores do apetite, antidepressivos e/ou outros fármacos específicos, podem ajudar, sob supervisão médica, no controlo das vontades intensas de consumir grandes quantidades de alimentos que levam aos episódios de Binge-eating.
De referir que qualquer informação adicional sobre o transtorno de compulsão alimentar deve ser procurada junto de um Médico, Profissional de Saúde especialista em transtornos alimentares ou outros terapeutas relacionados com este tipo de doença.
Perder peso com Binge-eating
O Binge-eating pode levar a aumento do peso e dificultar o emagrecimento, pelo que o acompanhamento e aconselhamento nutricionais são pilares fundamentais no tratamento desta desordem. O conhecimento detalhado dos padrões alimentares individuais, bem como do contexto em que ocorrem habitualmente os episódios de ingestão compulsiva, são essenciais no estabelecimento de um plano alimentar saudável e individualizado. Através de uma alimentação equilibrada, pretende-se proporcionar o emagrecimento, enquanto se procura prevenir e controlar os episódios de compulsão alimentar.
Prevenção
Como diz o ditado, “prevenir é melhor que remediar”, pelo que se considera estar em risco de desenvolver Binge-eating, actue de imediato, de forma a evitar sofrer de facto da doença. Esteja atento a sentimentos como a culpa, vergonha, sentir-se impulsivo na presença de comida ou sofrer de baixa auto-estima. Se apresenta com frequência algum destes comportamentos, ou se tem história familiar de doenças de comportamento alimentar, consulte um terapeuta especializado.
O Binge-eating, ou Transtorno de Compulsão Alimentar, recentemente reconhecido pela comunidade médica como doença, é definido como o conjunto de episódios frequentes e incontroláveis de consumo excessivo de alimentos, num curto espaço de tempo. A recorrência destes episódios é clinicamente caracterizada pela frequência de, pelo menos, uma vez por semana durante um período continuo de, pelo menos, três meses.
Uma pessoa com Binge-eating pode comer excessivamente mesmo quando não sente fome e mesmo quando se sente fisicamente desconfortável por comer tanto. Por vezes, a ingestão compulsiva e exagerada de alimentos pode ser feita isoladamente, sendo frequente surgirem sentimentos de culpa, tristeza e frustração após os episódios.
Diferente de Bulimia
O Binge-eating e a Bulimia devem ser distinguidos, pois não são a mesma doença, apesar de partilharem alguns sintomas, nomeadamente os episódios de consumo excessivo de alimentos num curto espaço de tempo, caracterizados pela falta de controlo e outros sentimentos negativos de culpabilização. Contudo, o Binge-eating ocorre sem comportamentos compensatórios extremos de purga com vista à perda de peso, como a indução de vómitos, a toma de laxantes e/ou diuréticos ou a prática excessiva de exercício físico (neste caso, remete para Bulimia).
Grupos de risco
Qualquer pessoa pode desenvolver Binge-eating, independentemente do género, idade, peso ou condição social, e apesar de parecer ser mais comum nas mulheres, os homens também podem desenvolver. Não sendo uma regra, as pessoas com Binge-eating tendem a possuir uma auto-estima mais baixa (estima-se que 78.9% das pessoas com Binge-eating apresentam algum tipo de diagnóstico psiquiátrico, como depressão, baixa-autoestima e/ou ansiedade), bem como uma maior preocupação com o peso e a aparência física (estima-se que mais de um terço das pessoas submetidas a cirurgia bariátrica – de redução do estômago – apresentem este transtorno).
Não existem certezas quanto às causas do Binge-eating, no entanto, pensa-se que múltiplos factores possam estar envolvidos no desenvolvimento desta doença, incluindo pré-disposição genética, factores psicológicos e eventuais antecedentes sócio-familiares. O próprio processo de estar em dieta pode despoletar o Binge-eating, no entanto, não se sabe se esse aspecto possa, isolamente, despoletar a doença. A doença também pode resultar de eventos de extremo stresse e /ou trauma, tais como a morte de um ente querido ou a preocupação/desilusão com o peso e aparência física.
Muita pessoas que desenvolvem Binge-eating lutam também contra a perda de peso. Estima-se que, entre as pessoas diagnosticadas com Binge-eating, dois terços sejam obesas, e que 30% das pessoas que procuram tratamento para emagrecer também sofram deste distúrbio.
O Binge-eating é, pois, um obstáculo de relevo para o sucesso de qualquer regime de emagrecimento, uma vez que a dificuldade em controlar os episódios de compulsão alimentar, mesmo na ausência de fome, torna difícil a obtenção de resultados, aumentando a frustração em relação à dieta e ao aspecto físico.
Recuperação e tratamento
O conhecimento de que se sofre de Transtorno de Compulsão Alimentar não é um auto-diagnóstico. Se suspeita que sofre deste transtorno, deve saber que pode ser objectiva e eficazmente tratado, mas para tal, é imperativo procurar um profissional qualificado (Médico ou outro Profissional de Saúde), que poderá fazer uma apropriada avaliação e diagnóstico.
De salientar que o tratamento deste transtorno alimentar pode ser complexo, pois a maioria das pessoas sente-se envergonhada em relação ao comportamento alimentar desadequado e tenta escondê-lo, de tal forma que muitas vezes até mesmo a família e amigos mais próximos o desconhecem.
Existe uma variedade de opções de tratamento que podem ser combinadas de acordo com as necessidades específicas de cada pessoa. Entre as opções de tratamento de Binge-eating destacam-se a psicoterapia, a frequência de grupos de apoio (terapia de grupo ou familiar), aconselhamento e planeamento nutricional e, nalguns casos, medicação.
O primeiro passo, antes de procurar tratamentos de emagrecimento, é procurar um terapeuta especializado que o(a) auxilie em compreender porque come compulsivamente e como alterar esse comportamento. Nesse acompanhamento, além a avaliação da sua condição física, serão também avaliados parâmetros como os seus hábitos alimentares, saúde emocional, percepção da imagem corporal e sentimentos em relação à comida. Com frequência, falar com um Psiquiatra, Psicólogo ou outro conselheiro é fundamental para ultrapassar e resolver os aspectos emocionais relacionados com a doença. A Terapia Cognitiva do Comportamento visa alterar o padrão de pensamento negativo que podem despoletar os episódios de Binge-eating. A Terapia Interpessoal debruça-se sobre os problemas relacionais que possam estar envolvidos. Igualmente importante, é ser acompanhado(a) por um Nutricionista de forma a trabalhar os hábitos alimentares saudáveis e, eventualmente, fazer um diário alimentar enquanto está em recuperação.
Habitualmente, não são usados medicamentos para tratar o Binge-eating. Contudo, além do acompanhamento e aconselhamento, alguns medicamentos, tais como inibidores do apetite, antidepressivos e/ou outros fármacos específicos, podem ajudar, sob supervisão médica, no controlo das vontades intensas de consumir grandes quantidades de alimentos que levam aos episódios de Binge-eating.
De referir que qualquer informação adicional sobre o transtorno de compulsão alimentar deve ser procurada junto de um Médico, Profissional de Saúde especialista em transtornos alimentares ou outros terapeutas relacionados com este tipo de doença.
Perder peso com Binge-eating
O Binge-eating pode levar a aumento do peso e dificultar o emagrecimento, pelo que o acompanhamento e aconselhamento nutricionais são pilares fundamentais no tratamento desta desordem. O conhecimento detalhado dos padrões alimentares individuais, bem como do contexto em que ocorrem habitualmente os episódios de ingestão compulsiva, são essenciais no estabelecimento de um plano alimentar saudável e individualizado. Através de uma alimentação equilibrada, pretende-se proporcionar o emagrecimento, enquanto se procura prevenir e controlar os episódios de compulsão alimentar.
Prevenção
Como diz o ditado, “prevenir é melhor que remediar”, pelo que se considera estar em risco de desenvolver Binge-eating, actue de imediato, de forma a evitar sofrer de facto da doença. Esteja atento a sentimentos como a culpa, vergonha, sentir-se impulsivo na presença de comida ou sofrer de baixa auto-estima. Se apresenta com frequência algum destes comportamentos, ou se tem história familiar de doenças de comportamento alimentar, consulte um terapeuta especializado.
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