6 alimentos anti-inflamatórios

A inflamação faz parte dos mecanismos naturais de defesa do nosso organismo, levada a cabo pelo sistema imunitário, mas quando intensa e frequente deixa de ser benéfica e pode, mesmo, tornar-se crónica, causando dor e aumentando o risco de desenvolvimento de certas doença. Sabe-se, actualmente, que doenças, como a diabetes, as doenças cardiovasculares, reumatismo e alguns tipos de cancro, estão associadas a um estado de inflamação crónica.

A boa noticia é que a resposta imunitária do nosso corpo pode ser beneficamente influenciada pela alimentação, privilegiando o consumo de alimentos com propriedades anti-inflamatórias.  Conheça 6 alimentos anti-inflamatórios que poderá facilmente incluir na sua dieta.

Cerejas. Esta deliciosa fruta de Verão é também uma poderosa arma de combate à inflamação. Recentes observações científicas evidenciam uma redução acentuada dos níveis de marcadores inflamatórios sanguíneos (como a proteína C reactiva) associada ao consumo de cerejas, reforçando, assim, papel protector e preventivo deste fruto contra o desenvolvimento de doenças inflamatórias cronicas como a diabetes, doenças cardiovasculares, artrite e alguns tipos de cancro. De lembrar que, mesmo após o Verão, continua a poder usufruir do consumo de cerejas, disponíveis todo o ano na forma congelada ou desidratada.

Leguminosas. Lentilhas, favas, ervilhas, tremoço, feijao-de-soja, grão-de-bico e feijão são exemplos de leguminosas, uma alimento vegetal de características nutricionais fantásticas, como o elevado teor em fibra, proteína, minerais e hidratos de carbono de absorção lenta, nutrientes que lhes conferem o designado baixo índice glicémico. Uma dieta de baixo índice glicémico (pobre em açucares e rica em hidratos de carbono de absorção lenta) promove uma libertação lenta e gradual de açúcar para o sangue, promovendo o bom funcionamento da insulina e, em consequência, a redução dos nievis de marcadores inflamatórios.

Manga. A manga é uma super fruta, rica em vitaminas e minerais como a vitamina A, C, ácido fólico, potássio e magnésio, e ainda compostos antioxidantes denominados de polifenóis. Um estudo recente demonstrou a capacidade destes polifenóis na redução da resposta inflamatória em células mamárias, tanto cancerígenas como não cancerígenas.

Açafrão-da-india. Também conhecida como curcuma, esta especiaria de cor amarelo intenso, responsável pela cor do caril, é fonte de curcumina, uma poderoso antioxidante de comprovadas propriedades anti-inflamatórias e anti-cancerígenas. Neste âmbito, a curcumina tem sido estudada para uso no tratamento de varias doenças inflamatórias como a artrite reumatoide, psoríase, e doenças neuro-degenerativas, como a doença de Alzheimer.

Gengibre. O gengibre (raíz) tem sido usado desde a antiguidade para o tratamento de náuseas e dor crónica. A investigação mais aprofundada das suas propriedades demonstrou também o seu potencial para o tratamento da inflamação, tendo sido observadas diferenças significativas quando consumido por indivíduos com doenças inflamatórias, como diabetes e lesões articulares.

Vegetais de folha verde escura. As couves, brócolos, agriões, espinafres, ruibarbo e grelos integram a lista dos vegetais de folha verde considerados potenciais alimentos anti-inflamatórios. O seu consumo regular está associado a baixa prevalência de doenças como cancro, diabetes e problemas cardiovasculares e outras doenças relacionadas com a inflamação, devido aos seus nutrientes de propriedades anti-inflamatórias.