Se acha que ter mais fome depois de uma dieta de emagrecimento é um mito, saiba que tudo aponta, afinal, para que seja verdade.

É bastante comum sentir-se mais fome no final de uma dieta de emagrecimento, em comparação ao período anterior à mesma. Esta obervação foi efectuada em homens e mulheres obesos, sendo que a redução da ingestão calórica, associada a uma perda de peso significativa, levou a alterações orgânicas permanentes que podem estar na origem do aumento do apetite.

Sugere-se que a “culpa” seja da grelina, uma hormona reguladora do apetite, também conhecida como “hormona da fome”, que se vê aumentada sempre que há uma redução repentina na ingestão de calorias. Este fenômeno remonta aos tempos dos humanos ancestrais que teriam de sobreviver a períodos de fome.

Actualmente, a hormona ancestral da fome responde da mesma forma às dietas restrictivas, na tentativa de manter o peso perante períodos longos de dieta. Esta observação é extremamente importante no que concerne o combate ao flagelo da obesidade, na medida em que pode explicar parte da dificuldade que os indivíduos obesos têm em manter dietas baixas em calorias, em controlar o apetite e em manter o peso perdido após o regime de emagrecimento.

Regimes restrictivos de perda de peso rápida podem, assim, ser desadequados por longos períodos, sendo que uma restrição calórica moderada, combinada com exercício físico regular, parece ser a melhor forma de evitar o aumento do apetite causado pelo aumento da grelina, levando a uma perda de peso mais gradual.