Cada vez mais se começa a perceber que a manutenção do peso e a prevenção de doenças vai muito além das calorias ingeridas ao longo do dia (que também são importantes) e tem também relação com o horário a que fazemos as nossas refeições.

Recentes pesquisas têm destacado algumas das vantagens da dieta do jejum na saúde, mas só recentemente um estudo observou em seres humanos as diferenças entre comer mais cedo no dia, por comparação com comer ao longo do dia. Especificamente, pessoas que comeram em seis horas do dia, cerca de três refeições, terminado por volta das 15h (portanto, cerca de 18h de jejum), viram reduzidos os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial, por comparação a outro grupo de pessoas que consumiram mais refeições ao longo de 12 horas.

Especificamente, obervaram-se as seguintes alterações positivas com a ingestão de refeições mais cedo no dia e numa janela de seis horas:

·         Maior sensibilidade à insulina, logo, maior capacidade de normalizaçao do açúcar no sangue (glicémia), de particular importância em indivíduos diabéticos;

·         Tensão arterial melhorada, levando ao controlo natural sem recorrência a medicação;

·         Redução do apetite, uma abservação supreendente, considerando o longo período de jejum, porém, explicada pela resposta de insulina e pela estabilização da glicémia. Este aspecto pode ajudar à perda do peso ou à manutenção do peso, ainda que, neste caso, tenha de dar-se também atenção ao balanço energético (calorias ingeridas).

Ainda que seja precipitado recomendar o jejum para todas as pessoas, é certo que comer mais tarde no dia não beneficia a saúde, talvez porque não seja algo natural ao organismo. Por outro lado, alinhar as refeições com o ritmo circadiano (ou seja, comer mais cedo no dia), parece ser mais natural e, logo, mais saudável. Salienta-se, ainda, que qualquer alteração na dieta deve ser devidamente avaliada e aconselhada por um Nutricionista ou um profissional de saúde credenciado, sobretudo quando se trata das chamadas dietas do jejum.